Passeando por Avaré-SP




A Estância Turística de Avaré é o principal centro político, agropecuário e estudantil do vale do Paranapanema, no sudoeste paulista. Com cerca de 85 mil habitantes, está entre as 50 cidades de porte médio do Estado de São Paulo. Avaré é chamada de "Terra do Verde, da Água e do Sol", por possuir lagos ornamentais, ruas e praças amplas e arborizadas.

O nome Avaré é uma deturpação linguística de "abiré" que, em língua indígena, significa "solitário", nome atribuído a um monte de 625 metros de altitude que se avista entre o rio dos Veados e o ribeirão Tamanduá, no atual município de Itatinga, onde se situava a velha Fazenda Avaré.

O maior sonho dos avareenses, por mais de três décadas, era a transformação de Avaré em estância turística, o que, após anos de luta e trâmites legislativos, foi obtido em 2002, com a sanção da Lei Estadual 11.162.



Origens

Posseiros liderados por José Theodoro de Souza e Tito Corrêa de Mello conquistaram dos índios as terras que seriam a futura Avaré. Entre os posseiros estava o major Vitoriano de Souza Rocha que, a 15 de maio de 1862, apresentou-se ao tabelião Francisco Antônio Castro, em Botucatu, para doação de 24 hectares de terras às margens do ribeirão Lageado, afluente do rio Novo, para constituir o patrimônio da capela.

A partir da segunda metade do século 19, diversos fatores contribuíram para o desenvolvimento de Avaré. Um deles foi a Lei de Terras, de 1850, pela qual o governo imperial suspendia as doações de terras dadas pelos governadores-gerais. Desse modo, as terras tinham que ser compradas e vendidas, abrindo oportunidades para a dinamização da economia.

Além disso, com a abolição da escravatura, em 1888, e o incentivo à imigração, Avaré ganhou novas dimensões econômicas e sociais. Chegam à cidade centenas de famílias italianas, para substituir a mão de obra negra nas lavouras de cana-de-açúcar, algodão e café. A vinda posterior de imigrantes portugueses, espanhóis, armênios, sírio-libaneses e, por último, japoneses, consolidou o crescimento da cidade.



Política e economia

O café inaugurou a época das grandes fazendas em Avaré. No período do Estado Novo, de 1937 a 1945, Avaré viveu o apogeu de sua cotonicultura, ficando célebre como a Capital do Ouro Branco, devido a sucessivas quebras de recordes na produção de algodão.

Na década de 60, foi introduzido o gado na região, que representou grande expansão econômica. Atualmente, Avaré tem 70% de sua área utilizada para atividades pastoris. O restante da terra divide-se para a lavoura, principalmente plantio de cana-de-açúcar, milho, laranja, banana, café e soja (17,6%) e florestas de eucaliptos e pinheiros (12,4%). Outras importantes atividades na geração de emprego e renda são a fruticultura e a produção de cogumelos e flores, que exigem tecnologias diferenciadas e mão de obra especializada.

Camping e floresta

Inaugurado em 1970, o Camping Municipal "Dr. Paulo Araújo Novaes", está localizado às margens da represa de Jurumirim, a 18 km da cidade de Avaré. É considerado um dos mais modernos campings do país. Com 1 km de praia, este local dispõe de infraestrutura básica para a prática do campismo e um pesqueiro público com capacidade para 100 pessoas.

A Floresta Estadual de Avaré situa-se no bairro Ipiranga. É um verdadeiro recanto da natureza, com árvores raríssimas e vasto gramado às margens de uma pequena represa. A floresta conta com um lago, um viveiro de mudas, amplas áreas gramadas e um espaço para recreação com parque infantil, quiosques, churrasqueiras, bebedouros, bancos e mesas. Há um Centro Cultural aberto à visitação e uma trilha educativa que pode ser percorrida.

Na trilha educativa monitorada, de 2,5 km, encontram-se arvoredos de essências nativas e exóticas, um banhado e um lago de captação de água das nascentes, que abastece 60% da população da cidade. Pode-se observar também o ribeirão Lageado, a mata ciliar e o reflorestamento de pinus, eucaliptos e araucária.




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